Chuva em Pó

 

CHUVA EM PÓ

Olha a primavera criaturas todas loucas

Flores que se abrem e encantam beija-flores

Que encantam os olhares dos homens sem rancores

Olha a primavera, olha a chuva em pó que enlouquece toda a Terra

E todos se divertem como podem

Depois vem o verão para a recuperação o sol queima todo o resto

Da festa e da ilusão

Todos tiram férias, boas vindas em outro lugar

Pra tentar mudar, não adianta não

Chega o outono as folhas pelo chão

Eu não preciso de perdão

Encarro a tristeza como a máxima certeza

Tudo é nulo, tudo é em vão

Não consigo me por fim e chega o inverno

Mal que parece eterno

Tal tempestade furiosa

Coloca de castigo todos em abrigo

Quem sabe olha na janela o fogo implorando que a chuva pare

Mas chove, chove, chovem choverá

Pra varrer da Terra toda idéia desta era

 

E depois volta a primavera

Curiosidades da letra: Escrevi com 21 anos. Saiu toda de uma vez. / Se você está num momento difícil da vida, certamente essa canção vai te ajudar. Pessoas já me revelaram que isso lhes ocorreu. / Com “Chuva em pó” quero me referir àquela poeira que flutua no ar e podemos ver nos raios de sol entrando pela janela.  Ou aqueles bichinhos de todos os tipos que voam na primavera. Definitivamente nada tem a ver com drogas como podem sugerir alguns. 

Arte: É a ilustração mais escura do Dunas de Algodão. Tensa e misteriosa. Parece que a mão humana, a consciência humana, se ergueu do pó da Terra. Os mistérios além das estações estão bem no fundo da matéria. 

Para viajar: A água se molda às circunstâncias. É o símbolo do TAO. Do agir sem agir. Uma das viagens Zen mais difíceis de entender / Um verdadeiro exercício de meditação: Nos espelhar na natureza e verificarmos que há algo dentro de nós que não muda nunca. Nunca é triste inverno e nem alegre primavera. Nunca existiu ou deixou de existir. / 

Curiosidades da animação: Sem dúvidas é o vídeo que mais deu trabalho para meu computador renderizar! O efeito de chuva é bonito e deu trabalho separar os pingos da imagem original da Thaís. / O balão apareceu aqui primeiro. Depois serviu de grande elemento na “Jardim de Camomila”. E foi assim que decidi misturar os elementos dos clips para contar uma história subjetiva entrelaçada.