DUNAS DE ALGODÃO
Varais, sinos de vento,
Pessoas que se vão como dunas de areia
Dunas de algodão
Toda minha lista de detalhes
Que a vida corta, cola e colore
Minha mente entra em colapso
Bolha de sabão
Quando a gente sente alguma coisa
Certo e errado é pura lógica
Barquinhos de papel
Faz tanto tempo que eu não ouço
O vai e vem das ondas lá do mar
Quanta solidão nessa vida
E formas de gostar
Curiosidades da letra: Uma melodia que estava há mais de 15 anos na minha gaveta. Nunca executada em público. Das primeiras que criei brincando com acordes desconhecidos no violão. Por sinal, esses acordes sempre agradaram o produtor do disco que manteve a harmonia original. Eu tive que transpor para o piano. Só daí entendi que tipo de acordes eu estava fazendo / “…que a vida cola, recorta e colore” é uma homenagem à artista colagista que ilustrou o disco. Pessoa por quem tenho muito apreço. / Foi a música escolhida para dar título ao disco por que cada canção é como se fosse uma nuvem em si mesma. Vagando num céu infinito onde o compositor também é uma nuvem. É um registro de minha passagem por aqui. É tudo o que eu tenho. Orações de agradecimento pelas experiências. Outras nuvens.
Arte: Me surpreendeu essa visão da canção que a artista teve. Me chamou atenção para o clima inocente do álbum inteiro. /
Para viajar: “Formas de gostar” é algo muito conectado com formas de viver e com formas de morrer. Formas e níveis de compreensão que temos sobre nós mesmos.
Curiosidades da animação: A concretização dessa animação foi emocionante. Todo o trabalho de reconstruir a personagem em ângulos diferentes possibilitou contar uma história muito universal de ver objetos nas nuvens e de sonhar em pular entre elas. / Um clip que muito meche comigo, pois sempre quis ter uma filhinha.