Rua dos Bobos

 

RUA DOS BOBOS

Dia cansativo, cheio, que ficou vazio tão de repente

Moramos em casa, delírios de fantasma residente

Lobo mau assopra

Derruba os meus muros de protesto

Trauma e terapia, vai e vem de todo dia, eu não me liberto

Ah rua dos bobos

Cerca o mundo com mil quintais

Saiu nos jornais (que eu não leio mais)

Rua dos bobos

Quem te conheceu já encontrou o seu lugar

Bela espaçonave sobrevoa a cidade invisível

Quem pode levar a nossa civilização para outro nível?

Rua dos bobos cresce na dança nupcial inusitada 

A constelação das ruas e a iluminação da arquibancada

Curiosidades da letra: É uma das minhas primeiras inspirações. A cantiga de roda que fala da casa número zero na rua dos bobos /  “Trauma e Terapia” são duas canções minhas que não entraram no disco, mas que foram muito bem representadas nessa única passagem.

 

 

 

Arte:  Gostei muito quando a artista me mostrou essa imagem. Perfeitos bobos, imaginei. É assim que ficamos quando em grupo. Já dizia Freud. / Mas não precisa sentir culpa. Há sempre o todo nos dirigindo. 

Para viajar: Seu lugar nessa rua dos bobos é a casa número zero. Sem teto e sem nada. Dentro de você. / Quando o assunto é política e todos seus discursos coletivos o resultado é certo confronto. Nisso tudo só posso contribuir com uma coisa: necessidade de Zen. Meditação. Sem isso, não passaremos de bobos. / Abdução por alienígenas pode ser bem um truque de espelho. Pode ser que seja uma nave interior que nos tire desse planeta para dentro, e não para fora. 

 

 

 

 

Curiosidades da animação:  O pessoas balançando as bandeiras é um vídeo à parte que depois incluí no final / A primeira cena é uma homenagem a minhas primeiras bandas de garagem. / Tem alusão ao The Wall do Pink Floyd? / A casa velha que aparece é onde minha vó morava no centro da cidade. Um belo lugar perdido no tempo e no espaço. Estou dentro dessa casa no clip de “Mistérios”.